sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Notícias recentes dão conta de casos de quimerismo humano, mas o fenómeno não é desconhecido – nem novo. E de acordo com um estudo de 2012 da Universidade de Seattle e do Fred Hutchinson Cancer Research Center, as mulheres podem absorver e guardar o ADN dos seus parceiros sexuais.

Dia a dia a ciência avança exponencialmente, e é por isso que muitas das coisas que percebemos como “normais” podem mudar radicalmente quando são investigadas pela ciência.

As relações sexuais são uma parte vital e fundamental da vida, portanto, seu estudo é sempre de interesse científico e uma descoberta recente pode mudar para sempre a maneira como vemos o sexo.

Geralmente se pensa que, quando uma mulher e um homem fazem sexo desprotegido, a única troca de DNA que pode ocorrer é a de uma gravidez e que a única consequência pode ser uma doença sexualmente transmissível. Isso era verdade até um tempo atrás, mas agora um fenômeno conhecido como microquimerismo masculino foi descoberto.Este fenômeno foi descoberto pelos cientistas enquanto eles estudavam o cérebro das mulheres. Em muitos dos cérebros analisados, os cientistas descobriram DNA alienígena. Para estudá-los com mais cuidado, eles notaram que não só havia DNA do pai de seus filhos (caso as mulheres em questão tivessem filhos), como também havia DNA de parceiros sexuais anteriores (mesmo das relações sexuais em que não houve gravidez)!O estudo mostrou que 63% das mulheres estudadas tinham DNA estranho em seus cérebros e que era o DNA transmitido por parceiros sexuais através do sêmen. Essas células vivas são absorvidas pelo corpo feminino e alojadas principalmente no cérebro.
Assim, embora pareça difícil de acreditar, todo parceiro sexual que uma mulher tem, inevitavelmente deixa uma marca indelével em seu corpo.
As consequências do microquimerismo masculino ainda não são totalmente conhecidas, no entanto, podemos ter certeza de que o sexo entre duas pessoas é algo muito mais significativo e deixa marcas mais profundas do que você pensa.
Fonte: http://journals.plos.org/

O caso, recentemente noticiado, de uma modelo com dois tons de pele, que tinha absorvido o DN A da irmã gêmea não nascida, veio chamar a atenção para o quimerismo humano. Mas o fenômeno não é desconhecido, tendo sido objeto de vários estudos nos últimos anos.
Ao analisar o cérebro de um grupo de mulheres, uma equipa de cientistas americanos descobriu em 2012 que o cérebro feminino registrava com frequência episódios de “microquimerismo masculino“, ou seja, a presença de fragmentos de DNA vindos de um dador masculino, geneticamente diferente das células do organismo da mulher.
Segundo o estudo, que examinou os cérebros de 120 mulheres entre os 41 e os 71 anos, 21% das mulheres analisadas na pesquisa registravam microquimerismo masculino. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica PLOS.
Este microquimerismo foi encontrado em várias regiões do cérebro, o que significa que 21% das mulheres têm células com DNA masculino a “viver” nos seus cérebros.

http://journals.plos.org/

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